quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Programa de Inovações Tecnológicas Rurais do DF


1)    Justificativa:

O Espaço Rural presta vários serviços a sociedade urbana. Por suas características e multifuncionalidade, produz: alimentos, água, biodiversidade, paisagem, empregos, renda, entre muitos outros. A manutenção do espaço Rural, assim como seu desenvolvimento sustentável, é de vital importância tanto para as populações que o habitam, como para toda a população urbana.
O PDOT e o ZEE-DF são ferramentas para organizar os espaços Urbano e Rural do território do DF, porém, as condições devem ser dadas ao Espaço Rural para um efetivo Desenvolvimento Sustentável. Estas condições devem fornecer às populações rurais a qualidade de vida necessária para que permaneçam no campo. As condições são basicamente a infraestrutura, os serviços públicos e a vantagem competitiva para a geração de renda. Em mercados cada vez mais competitivos e com a necessidade da conservação e preservação ambiental, produzir com mais eficiência e baixo impacto ambiental é a nova ordem. Não se consegue realizar esta difícil tarefa sem Inovação Tecnológica.
Na complexidade da sociedade atual precisamos de novas soluções, onde as ciências e os saberes necessitam se interagir sinergicamente. As várias dimensões devem ser consideradas, mas especialmente a dimensão Tecnológica, principal conhecimento das Empresas de Extensão Rural, não pode ser deixada no segundo plano. Faz-se necessária a mudança de paradigma onde a tecnologia passe a ser reconhecida e valorizada como indutora do desenvolvimento, não somente com objetivos de aumentos de produtividade, mas também como ferramenta de inovação, ou seja, na mudança positiva da qualidade de vida das pessoas que vivem no campo.
Existe hoje uma baixa conectividade entre as necessidades da população do campo, das empresas privadas, das instituições de extensão, pesquisa e ensino. Muitas vezes apenas informal e pontual. Estamos propondo a criação de uma rede para Fomentar a Inovação Tecnológica no campo, que será feita por meio da articulação entre os atores e a efetiva apropriação tecnológica pela população rural.

2)    Conceito:

A inovação, diferentemente da lógica da invenção, não se baseia na busca de novas propriedades técnicas ou novos produtos. Sua ênfase recai sobre a compatibilização entre o avanço tecnológico e as instituições sociais existentes. A estrutura organizacional deve ser assentada nos fluxos de informação que são essenciais. A escolha de determinadas tecnologias e a recusa de outras não são baseadas em critérios puramente econômicos ou racionais, mas sim na compatibilização envolvendo crenças e interesses dos diversos grupos e setores estratégicos que se encontram na atividade tecnológica. O conceito de redes de atores adquire importância crucial, pois através delas é possível detectar simultaneamente tanto o sentido das práticas sociais como das inovações tecnológicas em implicações complexas e dinâmicas.

3)    Objetivo Geral:

Fomentar a Inovação Tecnológica no Campo.

4)    Objetivos Específicos:

- Identificar as necessidades de tecnologia das populações rurais;
- Qualificar esta demanda para escolher as prioridades;
- Criar as condições objetivas para circulação da informação e para Retroalimentar o processo de inovação.
- Avaliar se o impacto da tecnologia nas várias dimensões (tecnológica, econômica, social, cultural, politica, legal e ambiental) de fato se tornou uma inovação.

5)    Estratégias Operacionais

- Criar um grupo de trabalho interinstitucional para planejar e coordenar as inovações tecnológicas para o espaço rural;
- Organizar as demandas de tecnologia para orientar a pesquisa.
- Articular com os pesquisadores das instituições de ensino, pesquisa e demais atores;
- Mapear as tecnologias ofertadas pelas instituições de pesquisa e produtores;
- Organizar e divulgar acervo tecnológico (físico e digital);
- Mapear e divulgar as tecnologias de projetos “bem sucedidos”;
- Criar o prêmio “produtor inovador”;
- Montar um banco de palestras técnicas e outras mídias (tecnologia de produtos e processos);
- Promover encontros técnicos periódicos para circulação do conhecimento;
- Estruturar um espaço tecnológico (blog) no site da Emater-DF, ou seja: uma enciclopédia dinâmica e participativa dos sistemas de produção, custos e demais tecnologias, para pronta consulta e aplicação;
- Montar unidades de validação de tecnologias junto aos produtores;
- Implantar na EVAF – AgroBrasília campos demonstrativos de novos produtos e processos.

6)    Entidades parceiras

Instituições de Pesquisa e Ensino, FAPE (e todos seus sindicatos), Secretaria de Ciência e Tecnologia, Secretaria da Agricultura, Secretaria do Meio Ambiente, CEASA, FAP-DF, Senar-DF, Sebrae-DF, Empresas Privadas do Agronegócio, Associações e Cooperativas.

7)     Resultados Esperados

Rede de inovação tecnológica implementada e atuante.



Luiz Carlos Britto Ferreira
inovatec@emater.df.gov.br
Msc Agroecossistemas, Médico Veterinário.

 Extensionista da Emater-DF